O Governo de São Paulo manteve a previsão do retorno das aulas presenciais para o dia 8 de setembro na rede de ensino do Estado. A retomada, que é tema de diversos debates e até de algumas críticas, está condicionada a diversas condições como, por exemplo, que 80% da população do Estado esteja nas fases amarela ou verde no período anterior de 28 dias consecutivos, conforme o Decreto nº 65.061/2020.
Além disso, em um primeiro momento, as salas de aulas teriam ocupação máxima de 35%, com revezamento ao longo da semana. O decreto também recomendada a adoção de protocolos sanitários gerais, alusivos ao funcionamento de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, bem como de protocolos específicos para o setor da educação, no âmbito da pandemia de Covid-19. Neste contexto, a arquitetura pode ser fundamental na reabertura das escolas.
Segundo a arquitetura e proprietária da Riscare Arquitetura, Luciana Florido, como primeiro passo, as instituições de ensino devem pensar na reestruturação dos espaços, em especial das salas de aula, para que os alunos mantenham o distanciamento social.
“O layout das salas de aulas não podem mais ser como conhecemos, já que as carteiras dos alunos precisarão respeitar a distância mínima de um metro e meio. E como nem sempre esses espaços são grandes, será necessário repensar a estruturação desses ambientes. Talvez com a retirada de alguns móveis, como armários e gaveteiros, deixando mais espaços livres para as carteiras e para a circulação. Além disso, também é importante demarcar o espaço de cada criança para que elas entendam a divisão e respeitem esse distanciamento. Essa demarcação pode ser feita de maneira simples com algumas fitas coloridas coladas no piso”, explica ela.
As escolas também precisarão repensar os espaços de higienização. Displays com álcool gel serão necessários tanto dentro das salas de aulas quanto nas áreas livres, além de uma possível instalação de novas pias e até de aparelhos automáticos de medição de temperatura na altura das crianças.
“Essa retomada não será tarefa fácil. Além da reestruturação das salas de aulas e da inclusão desses novos equipamentos de higienização, também será necessário pensar em como serão feitos os intervalos, a ida das crianças aos banheiros e vestiários, e a reestruturação dos pátios e áreas de circulação livre. A previsão é que as aulas presenciais sejam retomadas daqui há um mês, mas as instituições de ensino só estarão preparadas se já começarem a trabalhar todas essas mudanças. E contar com a ajuda de um profissional da área de arquitetura pode ser um ponto chave essencial”, afirma ela.
Crédito: Comunicação Riscare Arquitetura